sábado, 12 de março de 2016

Ar condicionado pode até matar - falta de limpeza nos dutos pode provocar doenças graves

Fonte: Tribuna do Brasil,

As altas temperaturas registradas no verão tornam a utilização do ar condicionado quase uma necessidade em ambientes fechados. No entanto, muitos não sabem que a falta de higienização nos equipamentos podem tornar o ar refrescante em um transmissor de graves problemas de saúde.
A falta de limpeza nas tubulações do ar condicionado pode provocar uma série de doenças alérgicas, como a renite, sinusite, tosse crônica e, até mesmo, a pneumonia. “Pessoas que convivem com o ar condicionado nos locais de trabalho estão vulneráveis a essas patologias graças a contaminação das tubulações dos equipamentos por fungos e bactérias, pela falta de limpeza”, conta Carlos Viega, pneumologista do Núcleo de Pneumologia e Medicina do Sono.
Nas tubulações de ar muito antigas, onde a limpeza não é feita com freqüência, podem-se encontrar animais em decomposição como insetos, morcegos, ratos e pombos.
Segundo Viega, a limpeza nas tubulações do ar condicionado deve ser feita a cada seis meses, no entanto 90% dos edifícios não seguem a determinação. “A falta de limpeza nas tubulações de ar, principalmente de prédios e edifícios causam a colonização de bactérias. As pessoas respiram o ar contaminado, aquelas que já sofrem com alergias o quadro se agrava e as que não têm passam a contrair a doença”, explica o médico.
Contudo, a limpeza do ar condicionado também deve ser feita nas residências. Quem dispõe desse conforto em casa, também precisa tomar precauções. “É preciso seguir as orientações estabelecidas, cada tipo de equipamento orienta com que freqüência é necessário realizar a limpeza”, afirma Viega.
Uma das bactérias mais perigosas encontradas nas tubulações de ar é a legionella, causadora de infecções agudas e pneumonia, que levam à morte. Como exemplo, o médico cita o caso do ex-ministro das comunicações, Sérgio Motta que morreu em 1998, após ser vítima da bactéria. “O ministro já sofria com uma doença crônica pulmonar quando contraiu a bactéria, a doença piorou e o levou a morte”, lembra.
A partir da morte do ministro, o Ministério da Saúde criou a portaria 3523/98 que esclarece normas para a higienização mensal dos aparelhos de ar. A limpeza deve ser realizada por um produto biodegradável notificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
No entanto, para o pneumologista Carlos Veiga, o ar condicionado deveria ser evitado em qualquer hipótese, mesmo nos períodos quentes. “Qualquer ar condicionado provoca doenças, mesmo os mais limpos, por causa do ar seco e gelado”, explica. “As pessoas ficam em um ambiente fechado em contato com uma temperatura de 24° e depois vão para a rua com temperatura de 35°, o que leva ao choque térmico provocando o diagnostico alérgico”.

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